Hoje, a meio do mandato autárquico, é tempo de balanço do trabalho do que foi feito nestes dois anos. Mas não podemos esquecer o ponto de partida.
Dois anos que, pelas circunstâncias que todos conhecem, foram muito difíceis.
Encontrámos, como sabem:
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- Uma dívida astronómica de mais de 30 milhões de euros.
- Inexistência de fundos disponíveis, o que nos impedia, e ainda impede, de fazer qualquer despesa
- Um parque de viaturas completamente arruinado.
- Fornecedores de serviços a ameaçar cortá-los, tal era o valor da dívida.
- Incumprimento bancário em quase todos os bancos: a título de exemplo, à CGD, a dívida de prestações vencidas e não pagas ultrapassava o milhão de euros.
- Quase todos os fornecedores de bens e serviços já só o faziam com pagamento na hora.
Fomos também confrontados com algumas surpresas:
- Rescisão dos contratos de quase todos os projetos financiados pelo anterior quadro comunitário, por irregularidades gravíssimas que estão a ser investigadas, o que nos obrigou já a devolver cerca de 900 mil euros, e que estamos já a fazer em prestações mensais e temos de ter concluído até Março de 2017.
- Injunções de fornecedores a reclamar o pagamento de dívida.
- Reclamação de dívidas sem qualquer reflexo contabilístico, cujas faturas nunca deram entrada na contabilidade, algumas de centenas de milhares de euros, o que infelizmente ainda continua a acontecer hoje.
- Reclamação da realização de infraestruturas de loteamentos vendidos , em que foi recebido o dinheiro, mas as infraestruturas nunca foram feitas - a título de exemplo, o loteamento Sec XXI, no serrado, vendido por 700 mil euros em Dezembro de 2011, e em que as infraestruturas deveriam estar concluídas em 2012, mas que teremos de ser nós a construí-las e vão custar cerca de 500 mil.
- Não pagamento há vários anos de obrigações a entidades públicas, como por exemplo a taxa de recursos hídricos, cuja dívida ascendia em 2013 a 28.384€ e cujo não pagamento nos impediria de obter licenças de utilização para as ETAR's e candidaturas a fundos comunitários.
Foi neste contexto que tivemos de arregaçar as mangas e trabalhar. Trabalhar muito, até à exaustão. O que fizemos?
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