
Terminou a campanha de controlo de vespas velutinas de 2020 promovida pelo Município de Santa Comba Dão e levada a cabo pela Equipa de Desativação e Destruição (EDD). Ao todo, verificou-se o controlo de 117 ninhos em todo o território concelhio, desde mês de março de 2020 até à data de ontem (13 de janeiro de 2021). De referir uma maior incidência na União de Freguesias (UF) de Santa Comba Dão e Couto do Mosteiro e na Freguesia de São João de Areias, que tiveram, respetivamente, 30,8% e 26,5% do total de ninhos desativados. A UF de Óvoa e Vimieiro registou 15,4%, São Joaninho 12%, a UF de Treixedo e Nagozela 9,4% e a Freguesia de Pinheiro de Ázere apenas 6% do total verificado no concelho.
Sempre que possível, as intervenções de desativação e destruição realizaram-se à noite, por incineração, com recurso a queimador a gás.
Nalgumas circunstâncias, nomeadamente naquelas em que os ninhos estavam fora do alcance do equipamento de destruição, decorreu a desativação com soluções químicas.
Em ninhos localizados a mais de 30 metros de altura, recorreu-se a uma viatura com auto-escada, disponibilizada pelos Bombeiros Voluntários de Santa Comba Dão.
Face a 2019 há a registar uma redução de 32% relativamente de ninhos intervencionados. Uma percentagem ainda elevada, que a equipa analisa em função de dois fatores, que considera essenciais. O primeiro relaciona-se com "as boas práticas de desativação e destruição de ninhos adotadas em 2019 e replicadas em 2020, evitando o aparecimento de ninhos secundários e reduzindo o número das vespas fundadoras que transitaram eficientes para o ciclo biológico seguinte". Em segundo lugar, realça ter sido de fundamental importância a distribuição de mais de 500 armadilhas em março / abril de 2020, o que contribuiu para a redução direta do número de fundadoras e consequentemente do número de ninhos.
A EDD sublinha, também, o facto do final do ciclo da praga ter sido antecipado em 2020 comparativamente ao que se verificou em 2019, associando este facto às condições meteorológicas apresentadas nos meses de novembro, dezembro e no início deste ano, nomeadamente a elevada precipitação e, mais recentemente, a vaga de frio, que aceleraram a morte das vespas ainda ativas.
A EDD reitera que "todos teremos de aprender a conviver" com estes insetos, uma vez que os conhecimentos técnicos e os meios de que dispomos atualmente, não nos permitem erradicar o problema. A equipa adianta que "é fundamental adotar medidas de mitigação, nomeadamente a colocação de armadilhas de captura de fundadoras no início do ciclo biológico da praga".
Os membros da EDD lançam ainda ainda um apelo para que todos os munícipes participem ativamente na construção, colocação e monitorização de armadilhas de captura de vespas fundadores, que devem ser instaladas já a partir do final do próximo mês de fevereiro.
O Município de Santa Comba Dão sublinha que com a colaboração de todos poderemos manter a linha decrescente da população de vespas velutinas no concelho. O ecossistema agradece!