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História de Treixedo

O território equivalente à antiga freguesia de Treixedo, agora integrado na União de Freguesias de Treixedo e Nagozela, fica situada a 131 metros de altitude entre duas importantes cidades do interior: Coimbra (a 45 quilómetros) e Viseu (a 25 quilómetros).

É circundado por uma vasta floresta verde, vislumbrando-se, ao longe, as Serras da Estrela e do Caramulo.
A construção da Barragem da Aguieira galgou vastas zonas fazendo subir o rio Dão e criou pontos de águas paradas de rara beleza paisagística e natural, sendo de salientar a zona confinante com o Granjal que permite a prática de desportos náuticos.

É na margem direita do rio Dão que podemos encontrar este povoado com origem pré-histórica, como demonstra a arqueologia. Documentos escritos conferem-lhe, também, uma grande antiguidade como povoação. O primeiro documento que atesta a existência de Treixedo é uma carta de doação ao Mosteiro do Lorvão, datada de 974, cujo doador é Oveco Garcia. Neste documento, a localidade de Treixedo aparece referenciada como sendo uma vila rústica e antiga, de origem pré ou proto-histórica fazendo referência às “arcas, pedras fitas, vias antigas, pedras celadas“.

É possível que a sua origem esteja relacionada com o Castro de Trenho, que terá existido numa elevação, perto das “Arcas“ e “Pedras Fiitas” – “Villa Traxete”.

No ano de 1102, D. Eusábio, abade do Mosteiro do Lorvão, outorgou carta de povoação aos habitantes de Santa Comba Dão e Treixedo.

Em 1133, D. Afonso Henriques concede carta de couto a Treixedo, um documento com referência à arqueologia aí existente, nomeadamente ao “Castro Trenium”. Este couto era bastante vasto, compreendendo as actuais freguesias de Treixedo, São Joaninho e Couto do Mosteiro. Recebeu carta foral por D. Manuel, a 16 de março de 1514, criando-se assim um concelho que seria extinto com a reforma administrativa de 1836.

No século XVIII, ainda tinha juiz ordinário dos órfãos, câmara, cadeia e pelourinho. Nagozela foi anexa de Treixedo até ao século XVII, de 1837 a 1850 e novamente dos finais do século XIX até 1984.

O Pelourinho, um dos símbolos da sua antiga autonomia, desapareceu há muitos anos, não havendo, atualmente, elementos que permitam conhecer a sua forma. Sabe-se que o monumento ficava no Largo de São Lourenço e foi destruído no século XIX.

 O território equivalente à antiga freguesia de Treixedo compreende cerca de 987 habitantes (dados de 2011). A principal fonte de subsistência é a agricultura, existindo, no entanto, o pequeno comércio, as indústrias de construção civil, confeções, mobiliário e agropecuária, também com um papel relevante.

Treixedo possui um Posto Médico, Sede Recreativa e Desportiva e um Pavilhão Desportivo coberto.

A antiga freguesia de Treixedo abrangia os locais de Granjal, Póvoa de João Dias e Treixedo, que agora estão integrados na União de Freguesias de Treixedo e Nagozela.

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